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Medicina e Saúde Mental: Quando Custa Cuidar de Si

  • fantileticia1
  • 27 de mai.
  • 2 min de leitura


A medicina é, sem dúvida, uma das carreiras mais admiradas e desafiadoras da nossa sociedade. Desde o início da graduação até os primeiros anos da prática profissional, os médicos vivem uma jornada intensa, marcada por longas horas de estudo, cobranças internas e externas, privações pessoais e, muitas vezes, silêncio sobre a própria dor.

O peso de ser estudante de medicina

O ingresso na faculdade de medicina é, para muitos, a realização de um sonho. No entanto, rapidamente esse sonho pode se transformar em exaustão, ansiedade e solidão. A rotina puxada de aulas, plantões, provas e a alta competitividade dentro dos cursos muitas vezes levam o estudante a negligenciar seu bem-estar.

Além da sobrecarga acadêmica, há o peso emocional de lidar com a dor e o sofrimento alheio desde cedo, sem que haja preparo emocional suficiente para isso. Muitos estudantes relatam sentir-se constantemente esgotados, inseguros, e com medo de falhar — uma mistura que pode evoluir para quadros de ansiedade, depressão e burnout ainda durante a graduação.

E depois da formatura? A transição que ninguém ensina

Engana-se quem pensa que o sofrimento termina com o diploma na mão. O médico recém-formado enfrenta um novo tipo de desafio: a responsabilidade acompanhada da sensação de desamparo. É quando o que antes era estudado na teoria e, de certo modo, amparado por profissionais mais experientes, se transforma em decisões diárias e que impactam diretamente a vida de outras pessoas.

Essa transição exige maturidade emocional, resiliência e autoconfiança — aspectos que muitas vezes não foram devidamente desenvolvidos durante a graduação. Soma-se a isso a sobrecarga de plantões, a pressão por resultados, as incertezas financeiras e a falta de espaço para erro. Muitos recém-formados vivem essa fase com medo constante de não serem bons o suficiente, em silêncio, isolados, e sem saber a quem recorrer.

O silêncio que adoece

Uma das maiores armadilhas para estudantes e médicos recém-formados é a ideia de que precisam ser fortes o tempo todo. A cultura médica, historicamente marcada pela valorização da resistência e da racionalidade, ainda carrega estigmas em relação à vulnerabilidade emocional.

Mas a verdade é que cuidar da saúde mental não é fraqueza — é responsabilidade. E reconhecer os próprios limites é um ato de coragem e de autocuidado.

A terapia como espaço de escuta, acolhimento e fortalecimento

A psicoterapia — especialmente quando conduzida por profissionais com conhecimento em saúde do trabalhador e dinâmicas da área médica — pode ser um espaço essencial para estudantes e médicos. Ela permite:

  • Elaborar medos, frustrações e angústias

  • Desenvolver estratégias saudáveis para lidar com pressão e autocobrança

  • Redescobrir o sentido da escolha profissional

  • Estabelecer limites sem culpa

  • Cultivar autoestima e confiança

  • Encontrar equilíbrio entre vida pessoal e carreira

Cuidar de quem cuida começa por dentro

Se você é estudante ou médico recém-formado e sente que a rotina tem pesado demais, saiba: você não está sozinho. E mais do que isso — você não precisa enfrentar tudo sozinho.

A saúde mental deve ser parte do cuidado com o outro. E começa com você.

 
 
 

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