Terapia para Esgotamento Profissional (Burnout)

No início de 2022, a Síndrome do Burnout foi oficializada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como doença ocupacional. A partir disso, essa síndrome passou a revelar a relação direta com o ambiente de trabalho e a responsabilidade das empresas sobre a saúde física e psíquica de seus funcionários. De origem inglesa, o termo "Burnout” significa algo que deixou de funcionar por exaustão energética. Isso simboliza a sensação de estar acabado, esgotado. A Síndrome do Burnout costuma acometer pessoas que são muito envolvidas afetivamente com o bom desenvolvimento de suas atividades no trabalho, que se importam com a qualidade de seu trabalho e com o modo como seu trabalho irá impactar seus colegas de equipe, sua chefia e seus clientes/pacientes/alunos. Porém, com o tempo e mediante à forma como o trabalho é organizado, a pessoa pode acabar se desgastando a tal ponto que é levada a renunciar seu empenho no trabalho: a energia é perdida ou “queimada”. Com isso, qualquer esforço lhe parece inútil, o sentido de sua relação com o trabalho é perdido e há grande diminuição do interesse pelas atividades laborais que antes eram estimulantes.

O Gabinete Antropomórfico, 1936, de Salvador Dalí

Os sinais de que você pode estar com Síndrome de Burnout são:

• Você tem se sentido emocionalmente desgastado e afetivamente esvaziado: é exaustivo sequer pensar em enfrentar qualquer dificuldade. Qualquer tarefa a mais parece impossível de ser concebida e realizada.

• Você tem reagido constantemente com raiva nas situações de trabalho, com insensibilidade, cinismo e ironia. Muitas vezes, você tem permanecido distante do público a quem seus serviços são endereçados (clientes, pacientes, por exemplo).

• Você se sente muito insatisfeito por se envolver menos com o seu trabalho e sente que não tem mais a mesma competência ou sucesso que tinha antes.

• Apresentar algum destes sintomas: insônia, fadiga, irritabilidade, tristeza, desinteresse, apatia, angústia, tremores e inquietação.
  

O Burnout afeta profissionais que mantêm relação direta e constante com outras pessoas, o que causa aumento do estresse emocional provocado pelos ruídos das relações interpessoais: trabalhadores que oferecem serviços ao público, professores, profissionais de saúde, policiais, agentes penitenciários e etc. Além disso, o Burnout ocorre em trabalhadores cujo ambiente de trabalho não permite tanta autonomia e os coloca constantemente diante da impossibilidade de conciliar seu compromisso ético com a profissão e a organização do trabalho onde se está inserido: situações onde o limite do exercício de seu trabalho é indefinido e a sobrecarga de trabalho é incompatível com o que é possível ser feito naquele momento. Considerando que uma série de fatores organizacionais levam o trabalhador a vivenciar um penoso processo de desinvestimento no trabalho, a psicoterapia pode auxiliar ao proporcionar acolhimento e promover um espaço para repensar a inserção no trabalho e na vida. Trata-se de um espaço seguro onde os indivíduos podem explorar as causas subjacentes ao esgotamento, compreender melhor seu estado emocional e o que os mobiliza ao trabalho e à atividade, bem como desenvolver estratégias para lidar melhor com o estresse. É possível recuperar o interesse nas pessoas e nas atividades. Agende sessão de terapia. Para saber mais, acesse: Síndrome de Burnout, por Francinara Pereira Lopes e Pêgo e Delcir Rodrigues Pêgo. Revista Brasileira de Medicina do Trabalho. Acesse aqui.

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